terça-feira, 27 de setembro de 2011

Tortura - 3º ano do Ensino Médio


Tema: A TORTURA NO SÉCULO XXI
Em 1995, o radical islâmico Abdul Hakin Murad foi preso nas Filipinas acusado de tramar ações tão espetaculares que se levados a cabo fariam de Osama Bin Laden um mero coadjuvante na história do terrorismo. Na lista de objetivos de Murad, além de bombardear o QG da CIA, nos Estados Unidos, constavam o assassinato do papa João Paulo II e a explosão de não apenas quatro, mas de 11 aviões com passageiros. Com sua confissão, obtida após um mês de sessões de tortura, centenas de vidas foram salvas. Ainda que a veracidade dos planos de Murad jamais tenha sido comprovada, não há dúvida de que sua história, se utilizada como fábula macabra, acaba fornecendo fortes argumentos em favor de algumas das mais hediondas práticas humanas: a tortura. Afinal, Murad teria confessado seus planos mirabolantes se não tivesse sido submetido a maus-tratos? Provavelmente não. Então por que correr o risco?
Até antes dos atentados ao World Trade Center, em 2001, a prática da tortura parecia confinada aos porões das prisões numa relação restrita a torturadores e torturados, apesar de todo o barulho feito por grupos de defesa dos direitos humanos. Quando as torres gêmeas caíram, no entanto, as coisas tomaram outro rumo, e aquilo que era horrendo e injustificável - porém secreto - , ganhou status de doutrina de segurança, abertamente defendida em nome de sua suposta eficiência como arma de guerra contra o terrorismo.
Para garantir a segurança nacional, os Estados Unidos decidiram não mais correr riscos, passando a tolerar e até mesmo a justificar oficialmente os abusos, agora renomeados "táticas de pressão". Principal defensor dessa nova política, o secretário da Defesa americano, Donald Rumsfeld, assinou em novembro de 2002 um memorando endossando o emprego de 14 técnicas de interrogatório nos suspeitos de terrorismo detidos na base que os Estados Unidos mantêm em Guantánamo, Cuba. Na lista de suplícios, "posições estressantes, contato físico mediano, interrogatórios de 20 horas, privação de itens de conforto - inclusive artigos religiosos -, utilização de fobias e despir o prisioneiro".
A reação de grupos de defesa de direitos humanos e parlamentares colaborou para que o documento fosse revogado, o que não quer dizer que Rumsfeld tenha mudado de opinião, como pôde ser confirmado após o vazamento das imagens da prisão iraquiana de Abu Ghraib, mostrando presos submetidos por soldados americanos a situações de maus-tratos, humilhações e constrangimento. "Minha impressão é que o mostrado até agora é abuso, tecnicamente diferente de tortura", disse o secretário na ocasião.
HISTÓRIA DE MARTÍRIOS
Eufemismos à parte, a Anistia Internacional, um dos mais influentes grupos de defesa de direitos humanos do mundo, confirma casos de tortura em 130 países. O que faz que tantos países entrem na lista é a abrangência do significado do termo tortura para as entidades de defesa dos direitos humanos. "A tortura não é só a violência utilizada para obter uma informação. A definição de tortura abrange a violência com o intuito de humilhar, controlar ou discriminar", afirma Tim Cahill, pesquisador da Anistia Internacional para o Brasil.
Essa nova definição de maus-tratos, colocando de um lado a força moderada e, do outro, a tortura, é descartada pela Anistia Internacional. "Não dá para fazer essa distinção. Se você permitir determinados tipos de tratamento, quando a ação estiver nas mãos de pessoas mal preparadas será fácil ultrapassar a linha que definiria tortura", diz o pesquisador. Apesar dos argumentos contrários, um breve passeio pela história mostra que é quase impossível resistir ao anseio de recorrer à brutalidade. De onde vem essa tentação? Do seu aspecto mais sombrio: sua suposta eficiência.
No livro A Ditadura Escancarada, o jornalista Elio Gaspari faz uma reflexão sobre a eficiência do martírio: "O que torna a tortura atraente é o fato de que ela funciona. O preso não quer falar, apanha e fala. É sobre essa simples constatação que se edifica a justificativa da tortura pela funcionalidade. O que há de terrível nela é sua verdade". Guanaira Amaral, antropóloga, psiquiatra e membro da Acat-Brasil (Ação dos Cristãos para a Abolição da Tortura), endossa a opinião de Gaspari. "Por isso historicamente ela vem sendo usada pelos grupos que tiveram poder."
No livro Vigiar e Punir - História da Violência nas Prisões, o filósofo francês Michel Foucault (1926-1984) recupera um caso ocorrido no século 16, quando a punição de um assassino foi tão brutal que chegou a comover os espectadores. Foram 18 dias de martírios, envolvendo mergulhos em água fervente e mutilações. Indignado, o povo clamou ao juiz que decretasse finalmente a morte do acusado por estrangulamento. Esse tipo de mobilização começou a preocupar os governantes, já que a punição violenta transformava carrascos em criminosos, juízes em assassinos, o rei em tirano, enquanto o condenado ganhava a piedade do povo.
Houve então uma mudança no procedimento da Justiça: as sentenças deveriam ser públicas para dar certeza de que os crimes seriam punidos, mas as execuções não precisavam mais do espetáculo. Para acomodar a nova realidade, a partir do século 18 foram criadas as penitenciárias e os centros de correção. Na prática, varria-se para baixo do tapete técnicas de barbárie que continuariam a ser praticadas pelos séculos seguintes.
Tanto que só em 1948, com a Declaração Universal de Direitos Humanos, esse tipo de violência foi oficialmente condenado. "Ninguém será submetido a tortura ou a tratamentos ou penas cruéis, desumanos ou degradantes", diz o artigo 5º da declaração.
Em 2004, o relatório geral da Anistia Internacional revelou quatro situações em que as denúncias de tortura são especialmente preocupantes. São nações sob governos ditatoriais, países onde a democracia sucedeu a ditadura, mas não houve reforma dos sistemas de investigação e da Justiça criminal (nesse grupo está o Brasil), lugares onde a tortura aparece em casos isolados de abuso de poder e os eventos ocorridos na prisão iraquiana. Segundo Irene Khan, secretária geral da Anistia, a situação é a pior dos últimos 50 anos.
LICENÇA PARA TORTURAR
O advogado criminalista e professor da Universidade de Harvard Alan Dershowitz não tem dúvidas de que o uso limitado de tortura não-letal em casos extremos como o do acusado de terrorismo Murad não é apenas justificável, mas necessário. Dershowitz, que tem no currículo a defesa do ex-presidente Bill Clinton no processo de impeachment e a absolvição de O.J. Simpson, não arrisca dizer quais seriam os martírios admissíveis, mas defende a urgente revisão das leis vigentes sobre o tema.
"Eu falo de tortura não-letal, como agulha esterilizada sob as unhas, à qual o acordo de Genebra se opõe. O fato é que países de todo o mundo violam secretamente esse acordo. A tortura está enraizada em regimes autoritários e democráticos. Sua não-regulamentação é uma hipocrisia que pode nos levar a uma situação ainda pior", disse o criminalista em entrevista à rede de TV americana CNN.
Outro argumento de Dershowitz se refere à flexibilização dos códigos de guerra, para que se possa criar legalmente técnicas equivalentes às empregadas pelos terroristas. Ele diz que esse é o único meio de lutar de igual para igual contra inimigos que se superam em brutalidade, a ponto de explodirem seus corpos. "Técnicas equivalentes" são mais um eufemismo para tortura.
A guerra representa o caso extremo, mas como tratar o assunto em países como o Brasil, que há séculos convive com abusos, mas encara a possibilidade de um ataque terrorista da mesma forma que espera um terremoto?
Na opinião da vice-presidente da ONG Tortura Nunca Mais, Cecília Coimbra, o fortalecimento de uma doutrina de segurança nacional importada dos Estados Unidos faz com que países como o Brasil resistam cada dia menos à tortura. Em São Paulo, por exemplo, pesquisa do Datafolha mostrou que a aprovação dos paulistanos à tortura cresceu quatro pontos percentuais desde 1994, chegando a 24% em 2001.
Para entidades de defesa de direitos humanos, a simples retomada dessa discussão é um retrocesso. "Se for mantida a justificativa de que a tortura é aceitável por questões de segurança, vai se abrir uma caixa de Pandora que será difícil de fechar", afirma Tim Cahill, da Anistia Internacional.
Contra os defensores dos maus-tratos, o argumento óbvio e imediato são as leis e convenções internacionais que tratam da tortura condenando-a, como a Convenção contra Tortura e Outros Tratamentos e Punições Cruéis, Inumanas e Degradantes, de 1984, as quatro convenções de Genebra de 1949 (sobre a proteção a civis, tratamento a prisioneiros de guerra, feridos em campos de batalha e em naufrágios) e os vários tratados recentes.
Para além da abordagem jurídica, as entidades garantem que sobram razões para descartar a tortura como forma de garantir o bem-estar coletivo. O maior problema, alegam, é o da permissividade que fugiria ao controle do Estado. Além disso, esbravejam que a tortura não diminui a violência e que jamais o torturador estará seguro de ter capturado o homem certo e obtido as informações exatas - de volta ao caso Murad, não há provas de que seus planos teriam condições de serem concretizados. E mais: defendem que há outras formas de obter informação.
Agora, se depois de tanto tempo a força desses argumentos continua incapaz de deter a disseminação da tortura, pode-se presumir que a tal "caixa de Pandora" já foi aberta. A questão é sabermos se teremos ou não coragem de olhar o que tem dentro dela.

domingo, 18 de setembro de 2011

Trabalho de Redação [2] - 3º ano do Ensino Médio


III TESTE para aula de Interpretação de Texto
Profª. Lucileine
TRABALHO DE REDAÇÃO – 3 COLEGIAL – 3 BIMESTRE 2011

“Levado pelo sonho, Cabral, permitiu que a frota sob seu comando se afstasse da costa africana. Os comhecimentos náuticos avolumados ao longo do ‘seculo XV eram suficientes para orientar os navegadores com segurança nos slagados caminhos do mar. O sonho, mais atrativo que a ciência, mais forte que o sopro do vento, não deteve as velas alinhadas na rota do sol.
Não sonhava apenas Cabral, sonhava também o rei que a nomeara capitão, sonhavam os portugueses, povo messiânico imcumbido de levar para terras estranhas a Cruz de Cristo. A força unida de muitos sonhadores empurrou a frota de Cabral mar adentro contra a propalada alegação de que rumava só com fins comerciais para a Índia pela via divulgada. A aproximação da carta de Caminha nos documentos de Colombo fortaleceu essa suposição.
As semelhanças não são apenas devidas à natureza do objeto mas também ao espaço cultural de que ambos partiram. Ambos declaram inocentes e pacíficos os nativos, ambos exaltam a qualidade do clima e a fecundidade do solo, ambos mencionam ouro, embora o território brasileiro retivesse por mais de um século os tesouros em serrariais inexploradas.
( Donald Schulers)

1 – Observe a partir do texto, os enunciados abaixo:
I – A frota de Cabral tinha uma única alegação para seu empreendimento, a de que rumava às Índias com propósitos comerciais.
II – Sonho, ciência e vento: três forças em níveis iguais para os navegadores portugueses.
III – Caminha e Colombo, em seus relatos sobre as terras descobertas, deixam transparecer aspectos análogos de seu universo cultural de origem.
IV- O solo brasileiro, por mais de um século, frustrou em serrarias inexploradas, o sonho messiânico dos portugueses
V – Os versos: “Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal.”
Evocam a contrapartida dolorosa do sonho lusíada.
  1. 3 e 5
  2. 2, 4 e 5
  3. 1, 3 e 5
  4. 2 e 4
  5. 1, 3 e 4

2 – A sequência do texto evidencia que :
I – O sonho, que era da frota, do rei e do povo português, é tópico explícito do 1º e do 2º parágrafos apenas.
II – so 2º pa’ragrafo, a continuidade do tópico desenvolvido no primeiro é indicada apenas a partir do 2º período.
III – a conexão entre o 1º e 2º parágrafos e entre o segundo e o terceiro tem valor aditivo.
IV – so 2º parágrafo, o autor retifica o tópico desenvolvido no primeiro.
V – no 3º parágrafo, estabelelce-se um antalogismo entre as percepções de Caminha e as de Colombo, reveladas em seus relatos históricos.

Estão corretas apenas:
  1. 1 e 3
  2. 1,3,4 e 5
  3. 1 e 5
  4. 2,4 e 5
  5. 2,3 e 5





03 -
Não cabe ao analista do texto identificar este ou aquele autor pelo estilo de época a que está ligado. Um autor é tanto menos original quanto mais se identificar com determinado gosto estético. E será original na medida em que suplantar a forma dominante de pensar e escrever em determinada fase.

De acordo com o texto:
  1. a originalidade do autor implica sua maior ou menor aceitação por parte do analista do texto.
  2. Convém distinguir, na análise do texto, apenas o estilo de época a que se vincula o autor.
  3. A identificação de determinado autor com estilo de sua época é pouco relevante como indicador do valor estético de sua obra.
  4. A maneira de pensar e de escrever reflete sempre o ponto de vista dominante numa dada época.
  5. O mérito está em sublinhar em seu texto as marcas do estilo de época em que vive.

04 – Bem, nós já vimos as razões por que a tão celebrada unidade linguística do Brasil não passa de um mito, isto é , uma idéia muito bonita, muito conveniente, mas falsa e, para piorar, também prejudicial, à educação, porque simplifica a realidade que, como vimos, é bastante complexa. No Brasil, portanto, não se fala “uma só lingua portuguesa”. Fala-se um certo número de variedades de português, uma das quais chegou ao ponto de variedade padrão por motivos que não são de ordem linguística, mas histórica, econômica, social e cultural.
( Marcos Bagno)

I - Assinale : ( C ) certo ou ( E ) errado
  1. O exemplo de linguagem que, segundo Marcos Bagno, é “falsa”é “prejudical” à edeucação:
_ Chico! Ocê pode mi dizê que hora são?
_ Hora do armoço.
  1. O autor do texto abaixo, explica o preconceito linguístico resultante do mito da unidade linguística:
“Existia uma família de matutos no sertão
um certo casal que tinha
de filhos grande porção
que sempre falava errado
deixando interpretação”.
( João Parafuso)
  1. Diante da nova concepção de variedade linguística, as diferentes pronúncias de palavras como gratuita/ gratuíta, rúbrica/ rubrica deverão ser reconhecidas como corretas em qualquer situação comunicativa.




    INSTRUÇÃO PARA O TRABALHO
    Imprimir as folhas de trabalho, colocar o cabaçalho completo: nome, número, ano, data (entrega): 22/09/2011, nome da professora e disciplina; tudo à caneta (azul ou preta). As respostas deverão ser dadas na mesma folha, sendo no espaço reservado, quando tiver, ou no verso da folha, anotando o número da questão. tudo à tinta (caneta azul ou preta). Obrigada!

Trabalho de Redação - 3º ano do Ensino Médio


EXERCÍCIOS DE DISSERTAÇÃO – DESENVOLVIMENTO
TRABALHO DE REDAÇÃO DOS 3º COLEGIAIS – 3º BIMESTRE 2011

As idéias indicadas abaixo estão enunciadas sem nenhuma ordem lógica. Procure organizá-las, numerando-as, de modo que possam formar um desenvolvimento coerente.

Tema: Sempre, em todos os casos, seja qual for a utilização da ciência e/ou da tecnologia, o homem é sempre o responsável.

Introdução: “O único responsável pelos usos que se fazem da ciência e da técnica é o próprio homem que as idealizou para seu serviço. Uma ciência e/ou técnica se tornam desumanas na medida em que a sociedade que se desenvolve também o é.”

( ) Na atual sociedade, a posse de conhecimento científico e da tecnologia representa um instrumento de poder: a partir daí pode desenvolver-se, por parte das elites, um controle social e cultural dos cidadãos.

( ) Por outro lado, a ciência e a tecnologia podem ser aplicadas para melhorar as condições de saúde, ampliar as oportunidades de educação multiplicar a produção e meios de distribuição de alimentos: em síntese, aperfeiçoar as condições de vida da população.

( ) A ciência e a técnica vêm desempenhando uma crescente importância para o progresso geral da humanidade, mas como contrapartida, têm sido usadas a serviço de interesses particulares das elites.

( ) Por exemplo, desenvolverem-se tecnologias para um controle severo de toda a atividade com que se pretende assegurar a sobrevivência de um governo, de um poder, de um sistema.

( ) Em síntese: “O futuro da ciência e da tecnologia se decidirá fora da própria ciência e tecnologia”.

( ) Face a essas diferentes possibilidades, pode-se afirmar que “o futuro da ciência e da tecnologia depende grandemente das decisões que forem tomadas nos núcleos do poder, razão por que resulta pouco sólida qualquer previsão que se faça”.







2 – Dê o tema de cada um dos textos abaixo

O CORPO FALA

Comemora-se neste ano, em várias partes do mundo o centenário de nascimento do austríaco Wilhelm Reich, controvertido médico cuja obra ainda hoje formenta intensas polêmicas entre profissionais da área da saúde menta.
Não foram poucos os obstáculos que seu mestre Sigmund Freud já enfrentava no fim do século XIX ao explicar o funcionamento da psique humana com base em conceitos tais como o de complexo de Édipo ou de sexualidade infantil. Explicações chocantes para o meio cultural da época, ainda fortemente marcado pelo conservadorismo moral.
Reich afrontou o debate sobre a importância da sexualidade no comportamento humano, relacionando-a aos acontecimentos políticos de seu tempo, marcado pelo advento do nazismo e da Guerra Fria. Seu célebre estudo sobre a psicologia de massas do fascismo custou-lhe o exílio na Suécia e depois na Noruega.
A maior contribuição da abordagem reichinana, que com altos e baixos foi se firmando desde a morte do médico em 1957, talvez seja sua aguda compreensão das patologias físicas de origem psíquica.
Desde Reich, tornou-se mais fácil compreender e aceitar que, segundo o jargão consagrado por seus discípulos, “o corpo fala”.
Seu mérito talvez se limite a chamar a atenção para as muitas manifestações significativas do corpo. Foi um alerta para o Ocidente que, historicamente, sempre valorizou os aspectos verbais e racionais da espécie humana.

A MÁQUINA RESPEITANDO A VIDA

Que o progresso é bom, ninguém pode duvidar, muito menos pode alguém se opor a ele. No entanto, a cada nova conquista do progresso corresponde sempre uma considerável carga de inconvenientes imprevistos e indesejados.
É que vem acontecendo desde os primórdios da indústria, alavanca e símbolo do progresso e do desenvolvimento. Foi assim quando, na Inglaterra, surgiram as primeiras fábricas de tecidos, substituindo os teares domésticos. O objetivo desejado era obter uma produção maior de tecidos, de qualidade mais uniforme. Em paralelo a isso, porém, verificou-se uma verdadeira avalanche de acidentes, vitimando milhares de pessoas que tiveram mãos e dedos mutilados pelas máquinas implacáveis.
Não se concebe, porém, que a inventividade dos responsáveis pela criação das máquinas, equipamentos e processos produtivos, que tornam mais fácil e confortável o viver de cada um, não seja ainda capaz de criar também os meios necessários para eliminar os inconvenientes.
A ciência e a tecnologia, hoje, alcançaram níveis inimagináveis, não encontram mais barreiras para tornar realidade o que o homem sonha. O que está faltando é respeito à vida, é a visão do outro e de seus direitos.
À custa de muita criatividade e vultuosos investimentos, as máquinas deveriam ser domadas, neutralizadas com dispositivos de produção, enquanto o homem fosse sendo treinado para conviver com elas, sem se expor a maiores riscos.
Portanto, é necessário e urgente que se compatibilize o progresso com a vida, com a saúde, com o bem-estar do homem sobre a Terra.



INSTRUÇÃO PARA O TRABALHO
Imprimir as folhas de trabalho, colocar o cabaçalho completo: nome, número, ano, data (entrega): 22/09/2011, nome da professora e disciplina; tudo à caneta (azul ou preta). As respostas deverão ser dadas na mesma folha, sendo no espaço reservado, quando tiver, ou no verso da folha, anotando o número da questão. tudo à tinta (caneta azul ou preta). Obrigada!